sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

33 - Perfil da Freguesia da Escada em 1867


SUBDELEGADOS E SUPLENTES

1º Distrito

Subdelegado: Capitão José Sancho Bezerra Cavalcanti
Suplentes: 1º - Capitão José Antão de Souza Magalhães; - 2º José Alves de Oliveira; - 3º Joaquim Teodoro do Rego Barros; - 4º Nicolau Tolentino Soares de Freitas; - 5º Alferes João Romarico de Azevedo Campos e - 6º João Leandro de Barros.

2º Distrito

Subdelegado – Manoel Antônio dos Santos Dias
Suplentes: 1º Tomé Joaquim de Oliveira; - 2º Capitão Caetano Correia de Queiroz Monteiro; 4º - Luiz de França da Vera Cruz; 5º - Manoel Bibiano de Almeida e 5º - Alferes Clementino Marques da Fonseca.

3º Distrito

Subdelegado:
Suplentes: 1º - Antônio Gomes de Barros e Silva; 2º - Coronel José Leão Pereira de Melo; 3º - João Gonçalves da Silva; - 4º Alferes Filipe Paes de Luna; - 5º Henrique Gomes de Barros e Silva e 6º - Alferes Alexandre da Mota Couto.

4º Distrito

Subdelegado: Capitão Antônio dos Santos Pontual
Suplentes: Capitão Jerônimo Barreiros de Moraes Rangel; 2º - Capitão Davino dos Santos Pontual; - 3º Tenente Emílio Pereira de Araújo; - 4º Tenente José Rodrigues Pontual; 5º - Tenente Manoel da Rocha Ferraz de Azevedo e 6º - Manoel do Carmo Rodrigues Esteves.

Eleitores da Freguesia:

Coronel André dos Santos Dias
Major Antônio José dos Santos
Antônio Alves da Silva, barão de Amaragy
Coronel Antônio Feijó de Melo
Major Manoel Antônio Dias
Dr. José Cândido Dias
Capitão Manoel Antônio dos Santos Dias
Coronel Manoel Gonçalves Pereira Lima
Dr. Sérgio Diniz de Moura Matos
Dr. Samuel dos Santos Pontual
Dr. Laurindo Feijó de Melo
Capitão Francisco da Rocha Pontual
Capitão Davino dos Santos Pontual
Capitão Jerônimo Barros de Moraes Rangel
Capitão Teodoro José da Silva Lins
Capitão Manoel Rodrigues da S. Câmara
Tenente Manoel Pereira da Silva Lins
Capitão José Alves de Oliveira
Capitão José Pereira de Araújo
Capitão Joaquim Tomé de Oliveira
Tenente Emílio Pereira de Araújo
Tenente João Batista da Silva Maia
Padre Vicente Ferreira de Farias Gurjão
Tenente-coronel Antônio G. Ferreira
Tenente Antônio Torquato de Almeida
Capitão José Lúcio Monteiro de França
Capitão José Romarico de A. Campos
Capitão Ernesto Gonçalves Pereira Lima
Capitão José Antão de Souza Magalhães
Tenente Manoel da Rocha Ferraz de Azevedo
Capitão Antônio Gomes de Ramos e Silva
Manoel do Carmo Rodrigues Esteves
Nicolau Tolentino Soares de Freitas
Alferes Luiz de França da Vera Cruz
José Rafael da Silva
Tenente José Camelo P. da Costa Júnior
Manoel Antônio Gomes
Alferes Tibúrcio Valeriano da Costa
José Amtônio de Moura
Tenente Joaquim Teodoro de B. Costa
Antônio Coelho de Araújo
Alferes Alexandre da Mota Couto
José Luiz de França Caldas
Alferes Manoel Francisco da Silva

32 - Anúncio da Fuga de Dois Escravos Publicado no Jornal "O Liberal" em Março de 1870.


ESCRAVO FUGIDO

Fugio do Engenho Braço do Meio Freguesia da Escada no dia 20 de Abril p p. um escravo de nome Marcos, crioulo idade 23 annos, pouco mais ou menos bonita figura côr preta, alto, rosto regular tem falta de um dente na frente e os outros são limados a ferro anda de calça e palitó chapeo de baêtá a garibalde, deve mudar de traje por que leva palitó preto e branco é official de carpina, e leva uma regra de madeira de quatro a cinco palmos de comprimento conduz um baú de flandre com alguma roupa e um par de broseguins e sahio com uma criôla de nome Francisca tambem de cor fulla e tem os beiços grossos  por defeito nos dentes, esta vai de vestido de chita, de cinco branco e flor cor de rosa, pede-se as Autoridades e Capitães do Campo a captura dos mesmos e levallos no dito Engenho, ou na rua do Livramento n 20 em casa de Correia & Cª. Que serão recompensados.

(Transcrição literal)

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

30 - Perfil da Freguesia e Comarca da Escada em 1868


Perfil da Freguesia e Comarca da Escada em 1868 – Autoridades Designadas, Eleitores Inscritos e Engenhos.

Vigário colado – Cônego Simão de Azevedo Campos
Coadjutor – Padre Floriano de Queiroz Coutinho

1º Distrito
Subdelegado: Capitão José Sancho Bezerra Cavalcanti
Suplentes: 1º - Capitão José Antão de Souza Magalhães; - 2º José Alves de Oliveira; - 3º Joaquim Teodoro do Rego Barros; - 4º Nicolau Tolentino Soares de Freitas; - 5º Alferes João Romarico de Azevedo Campos e - 6º João Leandro de Barros.

2º Distrito
Subdelegado – Manoel Antônio dos Santos Dias
Suplentes: 1º Tomé Joaquim de Oliveira; - 2º Capitão Caetano Correia de Queiroz Monteiro; 4º - Luiz de França da Vera Cruz; 5º - Manoel Bibiano de Almeida e 5º - Alferes Clementino Marques da Fonseca.

3º Distrito
Subdelegado:
Suplentes: 1º - Antônio Gomes de Barros e Silva; 2º - Coronel José Leão Pereira de Melo; 3º - João Gonçalves da Silva; - 4º Alferes Filipe Paes de Luna; - 5º Henrique Gomes de Barros e Silva e 6º - Alferes Alexandre da Mota Couto.

4º Distrito
Subdelegado: Capitão Antônio dos Santos Pontual
Suplentes: Capitão Jerônimo Barreiros de Moraes Rangel; 2º - Capitão Davino dos Santos Pontual; - 3º Tenente Emílio Pereira de Araújo; - 4º Tenente José Rodrigues Pontual; 5º - Tenente Manoel da Rocha Ferraz de Azevedo e 6º - Manoel do Carmo Rodrigues Esteves.

Eleitores da Freguesia:

Coronel André dos Santos Dias
Major Antônio José dos Santos
Antônio Alves da Silva, barão de Amaragy
Coronel Antônio Feijó de Melo
Major Manoel Antônio Dias
Dr. José Cândido Dias
Capitão Manoel Antônio dos Santos Dias
Coronel Manoel Gonçalves Pereira Lima
Dr. Sérgio Diniz de Moura Matos
Dr. Samuel dos Santos Pontual
Dr. Laurindo Feijó de Melo
Capitão Francisco da Rocha Pontual
Capitão Davino dos Santos Pontual
Capitão Jerônimo Barros de Moraes Rangel
Capitão Teodoro José da Silva Lins
Capitão Manoel Rodrigues da S. Câmara
Tenente Manoel Pereira da Silva Lins
Capitão José Alves de Oliveira
Capitão José Pereira de Araújo
Capitão Joaquim Tomé de Oliveira
Tenente Emílio Pereira de Araújo
Tenente João Batista da Silva Maia
Padre Vicente Ferreira de Farias Gurjão
Tenente-coronel Antônio G. Ferreira
Tenente Antônio Torquato de Almeida
Capitão José Lúcio Monteiro de França
Capitão José Romarico de A. Campos
Capitão Ernesto Gonçalves Pereira Lima
Capitão José Antão de Souza Magalhães
Tenente Manoel da Rocha Ferraz de Azevedo
Capitão Antônio Gomes de Ramos e Silva
Manoel do Carmo Rodrigues Esteves
Nicolau Tolentino Soares de Freitas
Alferes Luiz de França da Vera Cruz
José Rafael da Silva
Tenente José Camelo P. da Costa Júnior
Manoel Antônio Gomes
Alferes Tibúrcio Valeriano da Costa
José Amtônio de Moura
Tenente Joaquim Teodoro de B. Costa
Antônio Coelho de Araújo
Alferes Alexandre da Mota Couto
José Luiz de França Caldas
Alferes Manoel Francisco da Silva

Engenhos:

Águas Claras – Coronel José Pedro Veloso da Silveira
Ajudante – Emílio Pereira de Araújo
Alegria – José Sancho Bezerra Cavalcanti
Amaraji – Antônio Alves da Silva, barão de Amaragy
Animoso – Herdeiros de Caetano Pinto de Almeida
Arandu – Manoel Antônio Gomes
Arinumam – José Mandes Carneiro de Souza Bandeira
Aripibu – Antônio José dos Santos
Aurora – João Manoel Pontual
Bamburral – José Pereira de Araújo
Barra – Antônio Marques de Holanda Cavalcanti
Barro Branco – Joaquim Rodrigues da Costa
Batateira – João Manoel Pontual
Beija Flor – João Manoel Pontual Júnior
Belmonte – João Félix dos Santos
Boa Sorte – José Francisco Ferreira
Boa Vista – Dr. João Francisco de Arruda Falcão
Bom Despacho – Eustáquio José Veloso da Silveira
Bom Destino – Cincinato Veloso da Silveira
Bom Gosto – Herdeiros de João Antônio de B. e Silva
Bom Jardim – Bento Leite Cavalcanti Lins
Bom Sucesso – Herdeiros de Antônio José de Figueiredo
Bonfim – Viúva e herdeiros de João Lins Wanderley
Bosque – Davino dos Santos Pontual
Cabeça de Negro – João Manoel Pontual
Cabrunema – Tibúrcio Valeriano Batista
Cachoeira – Herdeiros de Lourenço Bezerra de Siqueira Cavalcanti
Cachoeira Tapada – Joaquim Tomé de Oliveira
Caeté – José Pedro Veloso da Silveira
Caipora – José Alves de Oliveira
Camaçari – Roque Ferreira da Costa
Campestre – Herdeiros de Manoel Antônio do Rosário
Canto Escuro – Francisco Antônio de Barros e Silva
Capidão – João Lopes Ferreira
Capricho – João Lopes Ferreira
Cassuá – Joaquim Salvador Pessoa de Siqueira Cavalcanti
Cassupim – José Francisco Ferreira
Caxangá – Lourenço Bezerra Alves da Silva
Conceição – barão de Utinga
Constituinte – Antônio Feijó de Melo
Contador – Francisco Antônio Pontual
Contendas – Antônio Alves da Silva, barão de Amaragy
Cotigi – João Lopes Ferreira
Crimeia – Roque Ferreira da Costa
Diamante – Antônio Marques de Holanda Cavalcanti
Dois Braços de Baixo – André Dias de Araújo
Dois Braços de Cima – Manoel Rodrigues da Silva Câmara
Dromedário – Herdeiros de Sebastião Paes Barreto
Firmeza – Francisco Antônio de Barros e Silva
Frexeiras – Herdeiros de José Rodrigues de Sena
Garra – José Pereira de Araújo
Gerente – Manoel Inácio de Souza
Giqui – João Francisco Lopes
Harmonia – Maria de Santana Gomes de Melo
Independente – Herdeiros de Caetano Pinto de Almeida
Irmandade – Teodoro José da Silva Lins
Jaguaribe – Francisco Antônio de Paes Barreto
Jundiá – Herdeiros de Manoel Antônio Dias
Jundiá Mirim – Tereza Líbia de Jesus e Antônio dos Santos Pontual
Lage – José Pedro Veloso da Silveira
Leão – Joaquim José de Siqueira Cavalcanti e José Camelo de Siqueira Cavalcanti
Liberdade – Miguel Rodrigues Esteves
Limão – Antônio Gonçalves da Silva
Limeira – barão de Utinga
Limoeirinho – João Francisco de Oliveira
Limoeiro – Belmiro da Silveira Lins
Mangueira – Antônio Gonçalves Ferreira
Maracujá – Herdeiros de Francisco de B. Veloso da Silveira
Maravilha – Félix Pereira de Araújo
Mariquita – João Manoel Pontual
Massauassu – barão de Utinga
Matapiruma – barão de Utinga
Muçu – José Rodrigues de Sena Santos
Noruega – André Dias de Araújo
Onça - Tereza Líbia de Jesus e Antônio dos Santos Pontual
Pedra Fina – Maria José da Fonseca
Pilões – Manoel Coelho da Silveira
Pirauíra – Roque Ferreira da Costa
Praieiro – Henrique Gomes de B e Silva
Prazeres – Francisco José de Vasconcelos
Progresso – José Pedro Veloso da Silveira
Rainha dos Anjos – Eustáquio José Veloso da Silveira
Raiz – Antônio Alves da Silva, barão de Amaragy
Recreio – José Rodrigues de Sena Santos
Refresco – Herdeiros de José Rodrigues de Sena
Riachão – Herdeiros de José Rodrigues de Sena
Rinoceronte – Herdeiros de José Rodrigues de Sena
Rocha – José Pedro Veloso da Silveira
Rola – Manoel Antônio Dias e João Félix dos Santos
Rua Nova – Joaquim Rodrigues dos Santos
Santa Cruz – Manoel Gonçalves Pereira Lima
São Manoel – Manoel Antônio Gomes
São Mateus – Viúva de Nuno Camelo Pessoa Cavalcanti
São Vicente – João Francisco de Oliveira
Sapucagi – Marcionilo da Silveira Lins
Sapucagi de Cima – Marcionilo da Silveira Lins
Serra Nova – Manoel Antônio Dias e João Félix dos Santos
Serra Redonda – João Felix dos Santos
Sete Ranchos – Bernardino Barbosa da Silva
Sibiró Grande – Manoel Pereira da Silva Lins
Tapuama – José Pedro de Oliveira
Taquara – Antônio Marques de Holanda Cavalcanti
Tolerância – Antônio Alves da Silva, barão de Amaragy
Tranquilidade – José Rodrigues Esteves
Três Braços – Salvador Monteiro de Siqueira Cavalcanti
Uruçu – Antônio Marques de Holanda Cavalcanti
Vicente Campelo – Manoel Gonçalves Pereira Lima
Visgueiro – Maria José da Fonseca

29 - Criação da Freguesia de São José da Boa Esperança em 28 de Junho de 1884.



28 - Criação do Distrito de São José da Extrema em 9 de Junho de 1864.



terça-feira, 8 de dezembro de 2015

27 - Barões da Freguesia - Henrinque Marques de Holanda Cavalcanti, Segundo Barão de Suassuna.


BARÃO DE SUASSUNA
Henrique Marques de Holanda Cavalcanti nasceu no dia 21 de dezembro no engenho Taquara, freguesia da Escada. Era filho de Antônio Marques de Holanda Cavalcanti e Pânfila da Silveira Lins.

Fez seus estudos de humanidades no Colégio São Bernardo no Recife. Em seguida, matriculou-se na Faculdade de Direito de Recife, bacharelando-se em dia 6 de dezembro de 1874.

A oito de dezembro de 1875, através de portaria do presidente da província João Pedro Carvalho de Moraes, foi nomeado primeiro oficial da terceira seção da secretaria da presidência, cargo que desempenhou até 1877, quando foi nomeado para a função de secretário da província onde ficou até 1878.

Em 22 de outubro de 1881, casou-se com Maria Lins Cavalcanti, filha de Belmiro da Silveira Lins e de sua esposa Maria de Jesus Souza Lins, barões da Escada. O casal não teve filhos.

Nesse mesmo ano foi eleito deputado geral pelo 6º distrito da província de Pernambuco, na chapa do partido conservador, apresentada pelo conselheiro João Alfredo.

BARONESA DE SUASSUNA
Dissolvida a câmara em julho de 1886 pelo barão de Cotegipe, que inaugurou então uma situação conservadora, no mesmo ano voltou à câmara pelo mesmo distrito. Esta câmara foi dissolvida com o advento da república.

Com o novo regime, afastou-se da política por vários anos. Mas em 1897, foi eleito senador estadual a 8 de março do mesmo ano, foi escolhido para presidir o senado.

Depois afastou-se mais uma vez da vida pública, passando a cuidar exclusivamente da administração de suas propriedades agrícolas e de sua fábrica. Em 1919 foi candidato a governador, concorrendo com Rosa e Silva e Dantas Barreto.

Henrique Marques de Holanda Cavalcanti foi o segundo barão de Suassuna, título concedido por decreto imperial do dia 16 de fevereiro de 1889.

O tenente-coronel Antônio Marques de Holanda Cavalcanti, pai do barão de Suassuna, era proprietário do engenho Mameluco na freguesia da Escada onde, em 1877, foi fundada uma usina com a denominação de Mameluco.

Nas proximidades da usina fica o engenho Limoeiro, de propriedade de Belmiro da Silveira Lins, o Barão de Escada, assassinado em 1880, em Vitória de Santo Antão. No engenho Limoeiro foi fundada a usina Limoeirinho, em 1881, por Henrique Marques de Holanda Cavalcanti, o Barão de Suassuna, que neste mesmo ano casou-se com Maria Lins Cavalcanti, filha do seu tio Belmiro da Silveira Lins. Dessa forma, o Barão de Suassuna tornou-se proprietário das duas usinas: Mameluco e Limoeirinho. A primeira foi herdada do seu pai e a segunda construída e reformada por ele em 1910.

A usina Mameluco possuía, em 1929, dez propriedades agrícolas e 34 fornecedores de cana, destacando-se o engenho Cachoeirinha, onde foi empregado, pela primeira vez no Brasil, o método do plantio de sementes por meio de flechas.

Sua via férrea tinha 70 quilômetros, sete locomotivas e 200 carros. Possuía capacidade para processar 500 toneladas de cana e produzir 5.000 litros de álcool em 22 horas. Na época da moagem trabalhavam na fábrica cerca de 50 operários.

Mantinha uma associação de beneficência e três escolas, com matrícula média anual de 115 alunos.

Quando morreu em 1941, com 87 anos de idade, o Barão de Suassuna deixou as suas usinas como herança para seu sobrinho, o médico Fonseca Lima, que ainda na década de 1940 as passou para Jayme Loyo e seus filhos.

Devido a uma grande crise, a usina sofreu intervenção do Instituto do Açúcar e do Álcool - IAA, mas seus proprietários superaram o problema e voltaram a administrá-la.

A usina Limoeiro dissolveu-se e foi absorvida pela usina Mameluco, passando, em seguida, a denominar-se usina Barão de Suassuna, em homenagem ao seu antigo dono.

A baronesa Maria Lins de Holanda Cavalcanti faleceu em Recife no dia 3 de junho de 1940 e o barão Henrique Marques de Holanda Cavalcanti, no dia 9 de janeiro de 1941, também em Recife.


26 - Barões da Freguesia - Antônio Epaminondas de Barros Correia, Barão de Contendas.


BARÃO DE CONTENDAS
Antônio Epaminondas de Barros Correia nasceu no distrito de Altinho, na época pertencente a Caruaru, no dia três de junho de 1839. Era filho do capitão Francisco Joaquim de Barros Correia.

Bacharelou-se em direito pela Faculdade de Recife em 35 de novembro de 1864. Depois de formado, ocupou os cargos de promotor público de Caruaru e juiz municipal de Brejo da Madre de Deus. Deixou o cargo de juiz, para dedicar-se a advocacia na comarca de Caruaru. Entrou na política e ingressou no partido liberam.

Foi eleito, em diversas legislaturas, deputado provincial. Foi vice-presidente da antiga província de Pernambuco e assumiu o cargo de presidente por três vezes. Ao final de sua terceira administração, o governo do império o fez comendador da Ordem da Rosa.

Mais tarde, em 1889, sendo presidente do conselho de ministros, o visconde de Ouro Preto, agraciou-o com o baronato, cujo título, tirado já no regime atual, foi-lhe oferecido pelo Dr. José Mariano. Na qualidade de vice-governador, ainda administrou Pernambuco durante 23 dias, de 27 de novembro à sangrenta noite de 18 de dezembro de 1891.

BARONESA DE CONTENDAS
Também ocupou a presidência da Sociedade Protetora da Agricultura e, posteriormente, fez parte de seu conselho. Em 1890, quando a vila São José da Boa Esperança emancipou-se de Escada e passou a se chamar Amaragy, ele fez parte da intendência do novo município. Vão rareando em Pernambuco homens como o barão de Contendas, se impunha à estima e ao respeito de todos pela inteira correção de seu procedimento, tanto nas relações da vida particular, quanto nas da vida pública e política.

Sob o primeiro dos aludidos aspectos, o inesquecível extinto podia ser considerado verdadeiro modelo de chefe de família, patrono e guia não somente da esposa e filhos, mas de todos os seus numerosos parentes, que sempre o ouviam e sempre o acatavam. Na qualidade de político, ninguém desconhece em Pernambuco sua incontestável benemerência, seu devotamento aos correligionários e sua intransigência ante os adversários – uma e outra sem ruídos e sem estardalhaço, sereno e cortês, ele, livre de rancores, de vaidades e de ambições. Seria difícil excedê-lo na fidalguia do trato, fidalguia sem a frieza dos orgulhosos, doa que acolhem medindo e acentuando distâncias e o seu lar abria-se, em Contendas, aos amigos, hospitaleiro e precioso, no conforto invariável da cativante gentileza do distinto titular, de sua esposa e filhos – gentileza sempre grande e sempre a mesma.

Dr. Antônio Epaminondas de Barros Correia casou-se com dona Maria José Alves de Araújo, filha de Antônio Alves da Silva e Antônia Alves de Araújo, os barões de Amaraji, no ano de 1872. Dessa união, tiveram 13 filhos, dos quais são vivos os 12 seguintes: Dr. Antônio Epaminondas de Barroa Correia, advogado e deputado estadual no Espírito Santo; Dr. Eutíquio de Barros Correia, agricultor; Dr. Cícero de Barros Correia, médico, residente em Manaus; Dr. Joaquim de Barros Correia, formado recentemente em direito, nomeado promotor de Alagoa do Monteiro na Paraíba; dona Maria Gentil Correia dos Santos Dias, esposa do major Pedro dos Santos Dias; dona Generosa de Barros Correia Pontual, esposa do major José Hermínio Pontual Filho; os Srs. Constâncio e Melânio de Barros Correia, acadêmicos de direito e os menores Angelina, Naíde, Erasmo e Sólon.

O barão adoeceu no dia 16 de abril de 1905 e veio a falecer no dia
FAMÍLIA DO BARÃO NO ENGENHO CONTENDAS
20 do mesmo mês, em sua residência no engenho Contendas, localizado à margem da estrada de ferro de São Francisco no município de Amaraji. O governador do estado autorizou a viagem de um trem especial de Recife até a estação de Frexeiras, para levar os amigos e outras pessoas que quisessem participar das últimas homenagens ao ilustre político. O trem saiu da estação de Cinco Pontas às treze e quarenta e cinco e chegou em Frexeiras às quinze e trinta. De lá os passageiros seguiram de carro até o engenho Contendas. A casa grande do engenho Contendas, de dois pavimentos, e tendo no superior largo terraço coberto e avarandado, estava repleta de parentes, amigos e admiradores do saudoso morto. Era cerca de quatro e trinta quando o caixão foi conduzido à mão até o engenho Visgueiro, acompanhado por um cortejo numeroso de pessoas de carro, mais de cem a cavalo e dezenas a pé. De Visgueiro, o caixão e os que o acompanhavam seguiram num comboio de ferro da usina Bamburral até em frente à linda capela do engenho Amaraji, situada numa aba da montanha. Recebido por diversos cavaleiros, que desceram até a linha férrea trazendo círios, e encomendado pelo reverendo padre Jerônimo de Assunção, vigário de Amaraji, na igrejinha toda branca e bem cuidada, a qual, em outra situação seria alegre e sorridente. O corpo do barão de Contendas foi sepultado no pequeno cemitério ao lado esquerdo da mesma, onde jazem os restos mortais do barão e da baronesa de Amaraji, além de vários outros familiares. 

Diante do túmulo, pronunciou sentidas e eloquentes palavras, o Dr. João de Macedo França.



25 - Barões da Freguesia - Florismundo Marques Lins, Segundo Barão de Utinga.


2º BARÃO DE UTINGA
Florismundo Marques Lins nasceu no dia 9 de abril de 1838 na freguesia da Escada. Era filho de Henrique Marques Lins e de Antônia Francisca Veloso da Silveira, barões e viscondes de Utinga. Vinha de uma família de 14 irmãos. Cordolina Marques Lins (casada com Francisco Mamede de Almeida), Henrique Marques Lins, Belmiro da Silveira Lins “Barão de Escada” (casado com Maria de Souza), Benemérita Marques Lins, Pânfila Marques Lina (casada com Antônio Marques de Holanda Cavalcanti), Rogaciano Marques Lins, Macionilo da Silveira Lins (casado com Carolina de Caldas Lins), Teudelina da Silveira Lins, Teudelina da Silveira Lins (2ª) (casada com Francisco Caldas Lins, barão de Araçagy), Florismundo Marques Lins (falecido pequeno), Antônia Marques Lins (casada com Dr. Ambrósio Machado da Cunha Cavalcanti) e Henriqueta da Silveira Lins (casada com Manoel Cavalcanti de Albuquerque).
Florismundo Lins, exerceu os seguintes cargos públicos: juiz do primeiro distrito da freguesia em 1876; suplente de juiz de paz em 1882; foi sócio do Clube da Lavoura de Pernambuco e da Sociedade Auxiliadora da Agricultura de Pernambuco; delegado da o 1º distrito do termo em 1885; coronel comandante superior da guarda comarca da Escada. Foi o segundo barão de Utinga, título concedido por decreto imperial do dia 14 de março de 1860.
Casou-se com sua prima Teudelina de Barros Lins, filha de Francisco Caldas Lins e Teudelina da Silveira Lins, com quem teve dois filhos: Dr. Francisco de Barros Lins (faleceu jovem) e Dr. Marcionilo de Barros Lins (casado com Maria Nina Lina). Casou, em segundas núpcias, com Ana Wanderley e não deixou descendência. 
O barão de Utinga faleceu no dia 28 de agosto de 1895. A baronesa Ana Wanderley Lins, em 3 de maio de 1912.


segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

24 - Barões da Freguesia - Francisco de Caldas Lins, Barão de Araçagy e Visconde do Rio Formoso.


VISCONDE DO RIO FORMOSO
Francisco de Caldas Lins nasceu no dia 10 de novembro de 1828 na cidade de Rio Formoso. Era filho do segundo casamento do senhor do engenho de Tracunhaém, capitão da guarda nacional, Luiz José Lins Caldas com Maria Leopoldina Rocha Lins, filha do visconde de Utinga. Era irmão por parte de pai de Tomás José Lins Caldas, vereador do Recife e senhor do engenho Dois Irmãos em Recife e do tenente coronel Antônio Lins Caldas.
Dedicando-se às letras e feitos os estudos de humanidades matriculou-se na Academia Jurídica de Olinda em 1849, formando-se em 26 de outubro de 1853. Em Rio Formoso ele residia no engenho Siqueira, quando foi nomeado primeiro suplente do juiz municipal pelo presidente da província. Pouco depois foi nomeado juiz municipal do termo de Escada e logo removido para Rio Formoso, onde exerceu sempre o cargo na ausência do juiz efetivo, conselheiro Francisco Xavier Paes Barreto. Era proprietário de engenhos na freguesia do Una e de Nossa Senhora da Escada.
Com o início da guerra do Paraguai, Francisco de Caldas Lins arregimentou pelotões de voluntários da pátria para lutar na guerra. Por esse feito foi agraciado com o título de barão de Araçagy pelo imperador Pedro II, pelo por decreto imperial em 9 de novembro de 1867. O decreto imperial do dia 23 de fevereiro de 1889 lhe conferiu o título de visconde do Rio Formoso.
Atuou como deputado geral por Pernambuco em duas legislaturas (1872 e 1886), tendo sido um dos nove deputados que votaram contra a proposta de lei de 8 de maio de 1888 que extinguiria com a escravidão no Brasil.
No dia 24 de abril de 1854, na capela do engenho Matapiruma do município de Escada, desposou a senhora Teudelina Marques Lins, nascida no dia 1º de agosto de 1834, filha de Henrique Marques Lins e da senhora Antônia da Silveira Lins, viscondes de Utinga.
Desse consórcio nasceram cinco filhos: Antônia Lins Correia de Oliveira, casada com o Dr. Alfredo Correia de Oliveira; Maria Nina Lins, casada com o Dr. Marcionilo de Barros Lins e Teudelina Lins de Almeida, casada com o Dr. Paulo Martins de Almeida.
Francisco de Caldas Lins faleceu no dia 28 de novembro de 1897 e Teudelina Marques Lins, em 6 de outubro de 1903.



23 - Barões da Freguesia - Antônio dos Santos Pontual, Barão de Frexeiras.


BARÃO DE FREXEIRAS
Antônio dos Santos Pontual nasceu no dia 12 de maio de 1827 na freguesia de São Pedro Gonçalves em Recife. Era filho de João Manuel Alves Pontual e Teresa da Silva Vieira III. Seus pais tiveram 16 filhos e, assim, foram seus irmãos: Bernardino de Sena Pontual (casado com Sofia Serafina Pires Ferreira da Costa), João Manoel Pontual (casado com Maria Celestina Cavalcanti e, depois, com Cordulina Veloso da Silveira), Francisco da Rocha Pontual (casado com Ana Gonçalves Pereira Lima), Davino dos Santos Pontual (casado com Feliciana Teresa dos Santos Dias), Filonila Dias Pontual (casada com João Alves Cisneiros Pontual), Inácio Dias Pontual, Antônio dos Santos Pontual “Sobrinho” (casado com Maria Alice Padilha), Maria Adelaide Pontual (casada com Francisco da Costa Ribeiro), Maria Teresa Dias, Francisca Davina Pontual (casada com Adolfo Cavalcanti de Albuquerque) e Ana dos Santos Pontual.
PRIMEIRA BARONESA DE FREXEIRAS
Iniciou sua vida pública fazendo parte da guarda nacional da freguesia da Escada. Em 1866, foi nomeado suplente de juiz municipal. Em 1867, o presidente da província o nomeou diretor dos índios da aldeia da Escada. Pertenceu ao partido liberal. Foi agraciado pelo imperador com a comenda da Ordem Imperial da Rosa e, em 1878, nomeado delegado de policia de Escada. Também fez parte do grupo de agricultores que fundaram a Sociedade Auxiliadora da Agricultura de Pernambuco. O decreto imperial de 8 de março de 1880, concedeu-lhe o título de barão de Frexeiras.
Em 1895, fundou a usina Cabeça de Negro e, para tanto, pleiteou e recebeu  um empréstimo de 250 mil contos de reis do governo da província.
Casou, em primeiras núpcias, com Maria Francisca da Anunciação, nascida em 1849, filha de Francisco Antônio Pontual e Ana Luíza de Sena Santos. Casou, pela segunda vez, com Teresa de Jesus Pontual, nascida em 1834 em Amaraji, filha de Manoel Antônio Dias e Maria Francisca da Anunciação. 
O barão de Frexeiras faleceu no dia 12 de setembro de 1901 em Recife. Maria Francisca da Anunciação, sua primeira esposa, faleceu no dia 28 de novembro de 1895 em Recife. A segunda, Teresa de Jesus Pontual, no dia 9 de maio de 1905 na usina Cabeça de Negro.



22 - Barões da Freguesia - Belmiro da Silveira Lins, Barão de Escada.


BELMIRO DA SILVEIRA LINS
Belmiro da Silveira Lins nasceu em 1827 na freguesia da Escada. Era filho de Henrique Marques Lins e de Antônia Francisca Veloso da Silveira, os primeiros barões e viscondes de Utinga. Veio de uma família de 14 filhos. Eram seus irmãos: Cordolina Marques Lins (casada com Francisco Mamede de Almeida), Henrique Marques Lins, Benemérita Marques Lins, Pânfila Marques Lina (casada com Antônio Marques de Holanda Cavalcanti), Rogaciano Marques Lins, Macionilo da Silveira Lins (casado com Carolina de Caldas Lins), Teudelina da Silveira Lins, Teudelina da Silveira Lins (2ª) (casada com Francisco Caldas Lins, barão de Araçagy), Florismundo Marques Lins (falecido pequeno), Florismundo Marques Lins (2º) “2º barão de Utinga” (casado com sua prima Teudelina de Barros e Silva e depois com Ana Wanderley Lins), Antônia Marques Lins (casada com Dr. Ambrósio Machado da Cunha Cavalcanti) e Henriqueta da Silveira Lins (casada com Manoel Cavalcanti de Albuquerque).
Belmiro da Silveira foi eleito vereador da vila da Escada na eleição de 1860. Foi um dos sócios fundadores da Sociedade Auxiliadora da Agricultura de Pernambuco em 1872. Era tenente-coronel da guarda nacional, proprietário dos engenhos Conceição, Limoeiro e outros. Pertencia ao partido conservador e era uma dos líderes na freguesia da Escada. Foi o primeiro e único barão de Escada, título concedido por decreto imperial do dia 9 de setembro de 1874. O título fazia referência à cidade pernambucana de Escada, de onde sua família paterna era natural.
Casou-se com Maria de Sousa e teve duas filhas. Maria Lins Cavalcanti (casada com Henrique Marques de Holanda Cavalcanti, barão de Suassuna) e Antônia Lins Cavalcanti (casada com Antônio Lins Correia de Araújo).
No dia 27 de junho, partiu o Dr. Ambrósio Machado do engenho Arandu de Baixo com os seus eleitores, disposto a realizar uma passeata na cidade da Vitória, juntamente com outros grupos de oposição que para lá deviam convergir de vários pontos do município. Acompanhavam-no os seus cunhados Henrique Marques Lins, Marcionilo da Silveira Lins, o capitão Florismundo da Silveira Lins e Belmiro da Silveira Lins, Barão da Escada, solidários em tudo e dispostos a defendê-lo em qualquer emergência.
No engenho Pedreiras, incorporaram-se à comitiva o major Manoel Cavalcanti de Albuquerque Sá, chefe do Partido Conservador e João de Sá Cavalcanti Lins, com os seus amigos. Grande parte dos caravaneiros vinha a cavalo, portanto flores e ramos de cróton verde-amarelo, cores nacionais, cornetas e duas bandeiras imperiais.
Na entrada da cidade, no subúrbio de Jenipapo, esperavam a comitiva os amigos e correligionários residentes na cidade, com Banda de Música, tendo à frente o coronel José Cavalcanti de Azevedo Ferraz, eminente prócer do partido conservador. Ás 16 horas a comitiva seguiu em direção ao Pátio da Matriz, entrando pela travessa situada no oitão direito desta, vulgarmente conhecida como o Beco do Rosário.
A posição exata dos liberais “Leões” e de suas forças era a seguinte: Na calçada da Igreja do Rosário, à porta central do templo, se encontravam o Dr. Nicolau Rodrigues da Cunha Lima e o Capitão Ursulino Torreão, com alguns soldados; nas varandas internas da nave central e nas varandas e janelas externas, praças entrincheirados, defronte e ao lado esquerdo da igreja, três linhas de paisanos armados, sob as ordens de chefes políticos governistas. Ao defrontarem o templo, “vivas” foram erguidos pelos caravaneiros, postando-se os cavaleiros na praça enquanto o grosso dos peões ia chegando.
Dr. Ambrósio desce do cavalo e dirige-se ao delegado Torreão, reclamando o procedimento ilegal, ao mesmo tempo em que o barão da Escada, montado, discutia com o Dr. Nicolau Rodrigues. Ouvem-se dois disparos e cai o barão fulminado, abaixo do seu cavalo. O Dr. Ambrósio é atingido por dois tiros e, nas costas, uma punhalada, sendo retirado do local, nos braços de amigos. Vem a reação desesperada da multidão procurando apoderar-se da igreja, mas sendo objeto da fuzilaria despejada das seteiras abertas no templo. Generaliza-se a peleja, desvantajosa para os oposicionistas que, acotovelados diante do templo, eram alvejados de cima e pelos flancos, mas não corriam da luta, conseguindo, afinal, depois de séria luta, entrar no templo.
Sendo elevado o número de mortos e feridos e correndo a notícia de que outros contingentes da oposição se dirigiam para a praça, já ao anoitecer foram os combatentes governistas abandonando suas posições e buscando, na fuga, a impunidade de seu crime e a segurança da própria vida.
Cessado o tiroteio, dezesseis cadáveres jaziam dentro da Matriz e em suas cercanias e dezenas de feridos eram socorridos. Entre os mortos contavam-se o Barão da Escada, os irmãos José e Pedro Leito dos Santos, José Pedro de Oliveira, Pedro Cavalcanti de Albuquerque Sá (conhecido por Pedro Lins, irmão do Major Lins), Alexandre Rodrigues de Luna, todos estas figuras de evidência nas hostes oposicionistas. Não morreu, nem saiu gravemente ferida uma só pessoa de destaque da ala dos liberais governistas.
O Dr. Nicolau refugiou-se nos fundos de uma casa vizinha ao templo, donde, altas horas da noite, conseguiu sair e, trocando o nome, fugiu para a província das Minas Gerais, onde viveu, disfarçado, até a prescrição do crime.
O tenente Cristóvão Álvares dos Prazeres escondeu-se na casa do Dr. José Felipe de Souza Leão, presidente do Tribunal, no Recife, mas, tendo saído para receber curativo em ferimento, foi preso numa farmácia e recolhido à Casa de Detenção, donde conseguiu fugir.
No dia 28 de junho, assumia o governo da província Dr. Franklin Távora, o novo presidente, que já havia sido nomeado antes dos acontecimentos. Tremenda foi a revolta, dentro e fora da província, não só dos políticos oposicionistas, como do próprio povo.
Instaurado o processo, foram pronunciados o Dr. Nicolau Rodrigues da Cunha Lima; os tenentes-coronéis, Francisco José Álvares e Lídio Álvares dos Prazeres; os tenentes José Francisco Pedrozo de Carvalho, Izidoro Lourenço Bezerra e Cristóvão Álvares dos Prazeres, os capitães Joaquim Francisco Wanderley, Ursulino da Cunha Torreão e Antônio de Paula Cavalcanti de Almeida; e Capitulino Gomes Ferreira, José Olavo Wanderley, Manoel Mendes, Antônio Severino das Mercês, José Pereira, Rosendo José da Silva Rosas, José Tavares de Lima, Francisco Olho Azul, Antônio de Mendonça Cabral, Antônio Severino das Mercês Protto, todos como incursos nas sanções dos artigos 192 e 205 do código penal; e ainda Ildefonso Álvares dos Prazeres e Amaro da Costa Soares.
Dos que foram submetidos a julgamento pelo Tribunal do Júri, em datas diferentes, apenas o Cabo Amaro da Costa Soares foi condenado a galés perpétuas. Os demais foram absolvidos, tendo havido apelações, que não tiveram provimento.
E esse trágico acontecimento foi chamado de hecatombe da Vitória, ocorrida a 27 de junho de 1880, na igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, então servindo de Matriz da freguesia de Santo Antão da Vitória (a matriz atual achava-se em construção). As imagens atingidas pela mortandade estão em exposição permanente, no museu do Instituto Histórico e Geográfico da Vitória. 
O corpo do barão foi trazido para o Recife, sendo velado na matriz da Boa Vista e, de lá, conduzido ao cemitério de Santo Amaro, pelas principais ruas da cidade por uma grande multidão.