segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

50 - Ìndice de Postagens do Blog


ÍNDICE DE POSTAGENS DO BLOG

1 – Os Primeiros Moradores da Região
2 – Relação Inicial da Freguesia de Nossa Senhora da Escada com a Vila do Cabo em 18 de Agosto de 1911
3 – Criação da Freguesia de Nossa Senhora da Escada
4 – Elevação da Freguesia da Escada à Condição de Vila e Criação do Município em 19 de abril de 1854
5 – Ofício Comunicando a Instalação do Município e Primeiros Vereadores em 10 de outubro de 1854
6 – Elevação da Vila de Escada à Categoria de Cidade em 24 de maio de 1873
7 – Comunicação da Constituição do Município feita pelo Prefeito ao Governador do Estado 24 de setembro de 1893
8 – Perfil do Termo e da Freguesia de Nossa Senhora da Escada em 1859
9 – Aspectos do termo e da Freguesia de Nossa Senhora da Escada em 1863
10 – Criação da Comarca de Santo Antão e do Termo Judiciário da Escada em 20 de maio de 1883
11 – Nomeação de Suplente de Juiz Municipal e de Órfãos dos Termos Judiciários de Santo Antão e da Escada em 16 de junho de 1866
12 – Eleitores da Freguesia da Escada em 1840, 50, 60, 70 e 80.
13 – Reorganização da Guarda Nacional Imperial da Escada em 3 de janeiro de 1880.
14 – Oligarquia Açucareira na Freguesia da Escada
15 – Os Dez Barões da Freguesia da Escada
16 - Resultado da Primeira Eleição de Prefeito e Conselheiros Municipais do Município da Escada Realizada em 30 de Setembro de 1891
17 - História de uma Abolicionista Desconhecida
18 - Barões da Freguesia - Henrique Marques Lins, Barão e Visconde de Utinga
19 - Barões da Freguesia - Antônio Alves da Silva, Barão de Amaraji
20 - Barões da Freguesia - Francisco Antônio de Barros e Silva, Barão de Pirangy
21 - Barões da Freguesia - André Dias de Araújo, Barão de Jundiá
22 - Barões da Freguesia - Belmiro da Silveira Lins, Barão de Escada
23 - Barões da Freguesia - Antônio dos Santos Pontual, Barão de Frexeiras
24 - Barões da Freguesia - Francisco de Caldas Lins, Barão de Araçagy e Visconde do Rio Formoso
25 - Barões da Freguesia - Florismundo Marques Lins, Segundo Barão de Utinga
26 - Barões da Freguesia - Antônio Epaminondas de Barros Correia, Barão de Contendas
27 - Barões da Freguesia - Henrinque Marques de Holanda Cavalcanti, Segundo Barão de Suassuna
28 - Criação do Distrito de São José da Extrema em 9 de Junho de 1864
29 - Criação da Freguesia de São José da Boa Esperança em 28 de Junho de 1884
30 - Padre Francisco Raimundo da Cunha Pedrosa "Vigário Pedrosa"
31 - Coronel Manoel Antônio dos Santos Dias, Primeiro Prefeito de Escada
32 - Anúncio da Fuga de Dois Escravos Publicado no Jornal "O Liberal" em Março de 1870
33 - Perfil da Freguesia da Escada em 1868 – Autoridades Designadas e os Eleitores Inscritos
34 - Desmembramento do Distrito de São José da Boa Esperança e Compensação Territorial em 1889
35 - Em Edição.
36 - Em Edição.
37 - Em Edição.
38 - Em Edição.
39 - Em Edição.
40 - Em Edição.
41 - Em Edição.
42 - Em Edição.
43 - Em Edição.
44 - Em Edição.
45 - Em Edição.
46 - Em Edição.
47 - Em Edição.
48 - Em Edição.
49 - Em Edição.
50 - Índice de Postagens do Blog

49 - Em Edição



48 - Em Edição

47 - Perfil do Município da Escada em 1913


Comarca de um só termo. Compreende a paróquia de Nossa Senhora da Apresentação da Escada e o distrito de Aripibu. De conformidade com a lei estadual de 03 de Agosto de 1892 constituiu- se município autônomo em 4 de Abril de 1893. Tem por sede a cidade do mesmo nome, cuja porta principal está situada em um morro, onde se acham a Matriz, escolas públicas, cadeia e os mais importantes estabelecimentos comerciais. A outra parte da cidade fica á margem esquerda do rio lpojuca até á estação da via férrea da Great Western of Brasil Railway. Possui um excelente clima, principalmente pelo verão, que garante aos habitantes ótimas condições de salubridade.

Acha-se situada a 8° 19' 40" da latitude S. e 8° 1' de long. a O. do meridiano que passa pelo Rio de Janeiro.

Limita se ao norte com o município de Vitória, a leste com os de Cabo e Ipojuca, ao sul com os de Sirinhaém e Gameleira, e a oeste com o de Amaraji. É banhada pelos rios Ipojuca e Pirapama. As dimensões de seu território são: de lesta a oeste 50 km e de norte a sul 36 km de extensão.

O município é quase em geral montanhoso e acidentado, havendo, porém, extensas várzeas e algumas planícies. A água das fontes é magnífica e o solo de uma produção espantosa. Cultiva-se milho; feijão, mandioca, mas a sua principal cultura é a da cana do açúcar. Há, por isso, muitos engenhos de açúcar que estão entre os mais importantes do Estado.

O município é servido pela Estrada de Ferro Santos Dias, que, partindo da estação de Frexeiras da Great Western, corta o povoado de Primavera e termina na cidade de Amaraji, ligando assim os dois municípios (Escada e Amaraji). As propriedades rurais são ligadas por ótimas estradas de rodagem, bem conservadas, que permitem o transito em carros de passeio e automóveis.

A população do município é de 17.000 habitantes, dos quais 738 são eleitores.

Sociedades e associações: Club Cana Verde, União Beneficente 1º de Março, Sociedade Cívica Militar General Osório, Sindicato Agrícola Regional de Gameleira, Amaraji e Escada.

Escola Agrícola Pratica:
Diretor: Dr. Macedo França.

Administração municipal:
Prefeito: Dr. Sérgio Higino Dias dos Santos.
Subprefeito : Major Joaquim Luiz da Costa Ribeiro

Conselheiros Municipais: Dr. Antônio Epaminondas de Barros Corrêa, Antônio Ferreira de Carvalho, major Gerôncio Dias de Arruda Falcão Filho, João Maurino do Couto Cabral, José Autônio Gonçalves. José Martins de Lemos, major José Rodrigues de Sena Santos, José Veloso Duarte, coronel Manoel Antônio Santos Dias Filho.

Tesoureiro municipal: Hilário Bertoline

Fiscais da prefeitura: Manoel Felix Valois, Manoel Xavier de Andrade Lima
Porteiro: Manoel Solidônio Correia de Lacerda
Zelador do cemitério: Manoel Guilherme.
Administração judiciária:
1º suplente do substituto do juiz seccional: Major Joaquim L. da Costa Ribeiro,
Promotor: Dr. Antônio Francisco Correia de Araújo
Juiz de direito: Dr. Antônio da Silva Guimarães
Juiz municipal: Antônio Machado C. Cavalcanti
1º tabelião: Manoel Sóstenes Cavalcanti
2º tabelião: Valfredo Pessoa de Barros Wanderley
Contador: Mauricio Wanderley.
Avaliador: Coronel Antônio Florentino Campos
Distribuidor: Antônio Generoso

Juízes distritais:
1º distrito (sede, cidade de Escada): Manoel Severino Bruno.
2º distrito (sede, povoado Primavera): Joaquim Sóstenes de Araújo Cavalcanti
3º distrito (sede, povoado Frexeiras): João Inácio dos Santos.

Escrivães:
Do 1º distrito: Antônio Francisco da Costa Campos.
Do 2º e 3º distritos: Ângelo Miguel Vieira de Souza.

Administração policial:
Delegado: Coronel Pedro dos Santos Dias
1º suplente: Dr. Melânio de Barros Correia
Subdelegado do 1º distrito, 1º suplente: Ivo Sabino da Costa Gomes
Subdelegado do 2º distrito: Joaquim Manoel da Silva Filho
Subdelegado do 3º distrito: João Barbosa de Aquino.

Inspetores: José Bráulio Corrêa de Araújo e Raimundo José do Nascimento.

Instrução pública:
Professor estadual: José Bezerra de Oliveira.
Professora estadual: D. Emília Teles Bezerra.

Professores municipais: Bartolomeu de Anchieta e Silva, Eustáquio Macedo França, Joaquim Lins de Siqueira Rocha.
Professoras municipais: Inácia F. da Conceição Rocha, Josefa Dutra, Rosalina da Conceição.
Escola noturna: Manoel Clemente.

Coletorias Federal
Coletor: João Florentino C. Campos.
Escrivão: José de Barros.

Coletoria Estadual:
Coletor: Coronel Luiz Arthur.
Escrivão: José Vicente de Queiroz.
Fiscal de consumo: Coronel José Sales

Correio:
Agente: Alfredo Campos.
Carteiro: João Baptista Vieira de Souza.

Religião: Vigário: Francisco Raymundo da Costa Pedrosa.
Sacristão: Inácio da Cunha Pedrosa.
Irmandade: Do Sagrado Coração de Jesus

Comércio:

Barbearias: Antônio de Souza, Antônio Tavares, José Gonçalo Siqueira.

Bilhares: Antônio Badú, Manoel Bruno.

Cocheiras: Antônio Jacinto, Manoel Sorteus.

Fazendas (tecidos): Alfredo Guedes Alcoforado, Antônio Jacinto & Filho. Antônio Leonardo, Estevão Barbosa da Silva, Franquilino de Souza Beltrão, Joaquim Eloy, Manoel Paulino, Manoel da Rocha Lins, Paulino da Rocha e Silva, Viúva de João Vicente de Queiroz.

Fazendas e miudezas, ambulantes: Augusto Vasconcellos, Nicolau Durant, Vicente Areias.

Fazendas e molhados: Antônio Ferreira de Carvalho, Antônio Porfírio Dias, Apolônio de Souza, Bruno & Cia. Manoel Pereira de Carvalho.

Frutas: laranja, banana, etc.: Dr. Alberto Passos, Francisco Aniceto, Miguel Lira, Neco Lins.

Leitarias: Dr. Alberto Passos, Luiz Bertoline.

Marchante: Coronel Alfredo Falcão.

Molhados: Antônio Alves de Lyra Júnior, Alfonso Guerino de Albuquerque, Antônio Soares Lins, Arthur José dos Santos, Joaquim Lins da Costa Ribeiro, José Joaquim Queiroz, Manoel Sabino, Manoel José Ferreira, Ulysses & Irmão.

Padarias: Antônio Branco de Mendonça, Lyra & Cia, Novato Pungentino de Sena.

Padarias e molhados: Carlos Ramos Sobrinho, Manoel Baptista, Manoel Pantaleão Alves.

Farmácias: Antônio Leal, Dr. Paulino Lopes da Cruz.

Relojoarias: Argemiro Braga, Nilo de Brito.

Sapataria: José Antônio Gonçalves.

Industrias:
Usinas: Frexeiras, Limoeirinho, Mameluco, Massauasssu e Usina União e Industria.
Fundição: Larouca & Cia.
Refinação: Lyra & Cia.

Industriais: Dr. Alfredo Corrêa de Oliveira, coronel Álvaro Sobral, Antônio Hermenegildo de Castro Filho e Dr. Augusto Cavalcanti, Barão de Suassuna, Brás Cavalcanti de Albuquerque Lins, Dr. Davino Pontual, Duarte Pontual, major Emilio Falcão, Dr. Fábio da Silveira Barros, Dr. Gerôncio Dias de Arruda Falcão, Herdeiros de Aureliano de Barros e Silva, Herdeiros de Antônio Campelo de AIbuquerque, Herdeiros do Barão de Escada, Herdeiros do Barão de Granito, Herdeiros do Barão de Pirangi, Herdeiros de Caetano Corrêa de Queiroz Monteiro, Herdeiros do coronel Francisco das Chagas Oliveira, Herdeiros de Dona Joaquina de Lima Sales, Herdeiros do Dr. Marcionilo Lins, Herdeiros do coronel Manoel Thomé de Oliveira, coronel Jose Francisco de Arruda Falcão, Jose Gonçalves Pereira Lima, Dr. João Falcão. Major João de Oliveira, Dr. Luiz Cândido Pontual, major Manoel Lopes, D. Maria de Moraes Falcão, coronel Nestor José de Mello, Paulo Martins. Pontual & Cia., Pontual, Santos & Barros, Santos Dias & Cia.,
coronel Santos Dias Filho, Dr. Sérgio Higino Dias dos Santos, Silveira Lins & Filhos, Zenóbio Marques Lins, Zepherino Pontual.

Profissões

Advogados: Dr. Antônio Amazonas, João Cavalcanti Campos, Dr. João Falcão, Dr. José Salles, Dr. Manoel Higino de Oliveira, major Manoel Lopes.

Barbeiros: Antônio Souza e Joaquim Camelo.

Caldeireiro: Francisco Braz.

Engenheiro: Dr. Paulino Lopes da Cruz.

Funileiros: Francisco Saraiva, José Felix, Manoel Felix, Victor de Oliveira.

Marceneiros: José Domingos, José da Silva.

Médicos: Dr. Baptista de Oliveira, Dr. Domingos Pereira Monteiro, Dr. Firmo Xavier, Dr. Pedro Batista.

Pedreiros: João Pedro da Silva, João do Vai, José da Costa, José Romão, Luiz Martins de Souza.

Farmacêuticos: Antônio José Barbosa Leal, José Velloso Duarte, Dr. Paulino L. da Cruz.

Sapateiros: Henrique Chaves, Júlio de Barros, Manoel Antônio de Barros.

De botas de montaria: José Antônio Gonçalves.

Agricultores e lavradores: André Hybernon do Mello. Coronel André dós Santos Dias, Dr. Ansberto Passos, Antônio Castro. Dr. Antônio Epaminondas de Barros Corrêa, Dr. Antônio Francisco Corrêa de Araújo, Barão de Suassuna, Camillo Pereira Carneiro, Dr. Fábio da Silveira Barros, Dr. Gerôncio Dias de Arruda Falcão, Ismael B. Lins, coronel João Benedito, João lnácio da Cunha, João Maurino de C Cabral, Coronel José Francisco de Arruda Falcão, Dr. José Cândido Dias, Dr. Levino da Silveira Lins, Manoel Antônio dos Santos Dias Filho, coronel Nestor José de Mello, Pedro Barreto de Sá, coronel Pedro dos Santos Dias, Dr. Samuel Pontual, Dr. Sérgio Higino Dias dos Santos, com. Zepherino Pontual, Dr. Zenobio Marques Lins.

Criadores: Agostinho Alves de Barros, André Barreto de Sá, Emílio Moraes Falcão, Gerôncio Dias, coronel José Ernesto Pereira Lima, Dr. Luiz de Caldas Lins, Pedro Santos Dias, coronel Santos Dias Filho.

46 - Em Edição

45 - Em Edição


44 - Em Edição

43 - Em Edição

42 - Inauguração da Escola Agrícola da Escada em 29 de abril de 1911


No dia 29 de abril de 1911, foi inaugurada a Escola Agrícola Elementar Barão de Suassuna mantida pelo Sindicato Agrícola Regional dos municípios de Gameleira, Amaraji, Bonito e Escada.
Em carros especiais, ligados ao trem da Great Western que parte da estação de Cinco Pontas, às seis e cinquenta da manhã, seguiram para aquela cidade as seguintes autoridades: Dr. Herculano Bandeira, governador do estado, acompanhado de seu ajudante de ordens, coronel Peregrino de Farias; coronel Antônio de Albuquerque Xavier, inspetor interino da região militar; tenente Antônio Rodrigues, representante do chefe de polícia; Dr. Fonseca de Oliveira, representante do prefeito da capital; coronel Joaquim Cavalcanti, administrador da casa de detenção; Dr. Paulo de Amorim Salgado, presidente da Sociedade de Agricultura; Dr. Samuel Hardmann, inspetor agrícola; Dr, Joaquim Amazonas e senhora; Dr. Alfredo Bandeira de Melo; W. A. Pichdoad, subchefe do tráfego da Great Western; Dr. Inácio de Barros Barreto, comendador José Pereira de Araújo; Dr. Luiz Queiroz, coronel Manoel Porto, Francisco Cintra, Júlio de Araújo, Dr. Antônio Guimarães, juiz de direito da Escada e representantes do “Diário de Pernambuco” e da “Província”.
Acompanhou-os a banda de música da escola correcional, que durante o trajeto executou bonitas peças.
Ao chegar o trem a Escada, tomaram lugar nos aludidos carros o Dr. Sérgio Higino, Dr. José Cândido Dias, o coronel João Felipe, Dr. Epaminondas de Barros Correia, Dr. Antônio Machado, coronel Antônio Dias, coronel Pedro dos Santos Dias, coronel Brás Cavalcanti, Dr. Abílio do Cunha Machado, engenheiro químico Dessali, coronel Francisco Queiroz Cavalcanti Pessoa, Dr. Chameil, diretor da escola e outras pessoas, seguindo todos com os demais convidados para a estação de Limoeiro, onde foram recebidos por uma comissão do sindicato ao som da banda musical da usina Mameluco.
Eram 9:05h quando os convivas, acomodados em quatros wagons, partiram para a casa de vivenda do barão de Suassuna, ali chegando quinze minutos depois.
Fidalgamente acolhidos e levados para a sala de visitas, a comissão de recepção fez servir aos mesmos licores e café, havendo ligeiro discurso.
Às onze horas, numa sala lateral da casa, foi oferecido aos visitantes lauto almoço.
A mesa que se achava bem ornamentada, tinha a seguinte forma:
Eis a lista das pessoas presentes:
Dr. Herculano Bandeira
Baronesa de Suassuna
Coronel Albuquerque Xavier
Mlle. Arcanjo Lima
Dr. Samuel Hardmann
Dr. Fábio da Silveira
Dr. Cisneiros de Albuquerque (Província)
Dr. Sérgio Higino
Dr. José Cândido
Dr. Joaquim Amazonas
Coronel José Carneiro
Padre João Batista
Dr. Antônio Guimarães
Mme. Alfredo Correia
Coronel Peregrino de Farias
Acadêmico João Domingues (Diário de Pernambuco)
Barão de Suassuna
Dr. Fonseca Oliveira
Tenente Antônio Rodrigues
Mme. Joaquim Amazonas
Dr. Paulo de Amorim Salgado
Coronel Antônio Dias
Dr. Antônio Epaminondas
Major Joaquim Cavalcanti
Dr. João Lacerda
Dr. Alfredo Correia
Coronel Pessoa Araújo
Dr. Inácio de Barros
Dr. Alfredo Bandeira
Coronel João Felipe
Entre várias demonstrações de alegria correu o almoço, sendo servido o seguinte menu:
Peixe Assado à Escola Agrícola;
Galinha com Ervilhas à Sindicato de Escada;
Carneiro à Suassuna;
Aspargos à Herculano Bandeira;
Rostbeef à Auxiliadora da Agricultura;
Peru à União dos Sindicatos;
Presunto à Ministério da Agricultura;
Frutas, queijos, doces, bolos e vinhos.
Au dessert o barão de Suassuna, em eloquente discurso brindou, brindou o Dr. Herculano Bandeira, que também falou, agradecendo e retribuindo o brinde.
Às 13:30h terminou o almoço, sendo servido outras mesas às demais pessoas.
Quarenta minutos depois, feito o necessário repouso, os convidados ocuparam trinta carros de passeio e seguiram para a escola agrícola, a fim de assistir a instalação.
Esse estabelecimento, situado em terrenos da propriedade Cassupim, a 2 km da cidade, achava-se todo engalanado de bandeiras e folhagens.
Precisamente à 15 horas efetuou-se a bênção do prédio, sendo oficiante o Revmo. Padre Pedrosa, digno vigário da Escada. Ao terminar o ato este sacerdote pronunciou eloquente oração.
Depois realizou-se a sessão solene de inauguração, com a presença do que a sociedade tem de mais seleto.
Dr. Herculano Bandeira, que ocupava a cadeira da presidência, ladeado pelos senhores barão de Suassuna e Dr. Paulo do Amorim Salgado, abriu a sessão, fazendo ligeira alocução alusiva à solenidade.
Seguiu-se com a palavra o orador oficial, Dr. Antônio Epaminondas de Barros, que num substancioso discurso, prendeu a atenção do auditório pelo espaço de 30 minutos.
Ainda se fizeram ouvir os drs. Samuel Hardmann e Inácio Barreto, sendo ambos bastante aplaudidos.
Terminada a sessão foi oferecido champanhe, trocando-se os seguintes brindes: do Dr. Sérgio Higino ao governador do Estado de demais Autoridades; do Dr. Macedo França à Sociedade Auxiliadora da Agricultura e a União dos Sindicatos e Sindicato de Jaboatão, ali representados; do Dr. Fábio de Barros à imprensa; do Diário de Pernambuco, agradecendo a saudação; do Dr. Zeferino Pontual à magistratura na pessoa do Dr. Antônio Guimarães e deste, agradecendo.
Por fim falou o Dr. Inácio de Barros erguendo o brinde de honra ao ministro da agricultura.
Às 16:30h os convivas retiraram-se tomando assento nos carros em demanda da estação.
Ali, feitas as despedidas, dirigiram-se para o Recife no trem que chegou à estação de Cinco Pontas às 18:40h da noite.
O número de alunos matriculados na Escola Agrícola Elementar Barão de Suassuna já se eleva a onze.
São os seguintes: Manoel Antônio de Lima, Sebastião da Silva Burgos, Martiniano da Silva Burgos, João Batista Correia, Eugênio Ciccro Ferreira, Tranquilino Ferreira Guimarães, João Tavares da Silva, Antônio Gonçalves Lins, Manoel da Silva, João Leôncio da Silva e Luiz Ferreira de Alcântara.


41 - Em Edição

40 - Monsenhor Francisco Raimundo da Cunha Pedrosa, o "Vigário Pedrosa"



Padre Francisco Raimundo da Cunha Pedrosa nasceu no dia 19 de junho de 1847, no Sítio Pau Amarelo do Engenho Prado, freguesia de Tracunhaém, município de Nazaré da Mata, Pernambuco. Era filho do Capitão Raimundo da Cunha Pedrosa e de D. Maria José dos Prazeres Cunha Pedrosa.
Em 1864, aos 17 anos de idade, partiu para o Seminário de Olinda. Ordenando-se no dia 03 de novembro de 1870.
Seus biógrafos dizem que ele chegou à paróquia de Escada no dia primeiro de janeiro de 1888. Entretanto, seu nome já consta nos livros de assentos de batismos e casamentos daquela freguesia, desde 1862. É provável que ele tenha sido um dos coadjutores do Cônego Simão de Azevedo Campos, vigário daquela freguesia, e, depois, o tenha substituído.
Ao assumir a paróquia, no discurso de posse feito ao povo escadense, ele solicitou a construção de um cemitério em um lugar mais apropriado, por achar que a continuação de sepultamentos ao lado da Igreja Matriz era contrária aos preceitos da higiene e salubridade pública. O seu pedido foi atendido após dezesseis anos. Encerrou suas palavras declarando as seguintes palavras: “Nunca militei, nem milito em nenhum dos partidos políticos deste país, não me envolvo direta nem indiretamente nas lutas partidárias; não voto finalmente. Tal tem sido sempre a minha conduta e espero em Deus e na Santíssima Virgem, nossa augusta Padroeira, assim levar o resto de minha vida paroquial. A minha política é o Evangelho, a minha luta é a luta da cruz”.
Foi considerado, na época, um pioneiro em viagens marítimas dentro e fora do Brasil. Publicando obras importantes sobre estas viagens. Sendo elas Notas de Viagens (1900) e Terra Santa. Além de outras obras como: A Santíssima Eucaristia (compilação de 1906), Jesus Cristo (1918), Escada (1924), Cartas e Cartões (coletânea de 35 cartas). E uma autobiografia, escrita por ele, contendo quarenta e oito páginas e datada de 1923.
Em 1922, interferiu-se, o Padre Pedrosa, não partidariamente, na política pernambucana, escrevendo uma carta ao presidente do Brasil, Epitácio Pessoa solicitando a permanência da Força Federal nos quartéis. Impedindo, dessa forma as injustiças, crimes e perseguições políticas que estavam acontecendo em Pernambuco, durante as eleições para governador, com a intervenção da mesma.
O seu pedido foi atendido imediatamente. Foi enviado um novo comandante à frente da Força Federal com ordem terminante para contê-la nos quartéis, fazendo, assim, reinar a paz.
A carta enviada ao Presidente Epitácio Pessoa pelo Vigário Pedrosa, redigida em Escada, é considerada, em Pernambuco, como um importante documento histórico.
Em dezembro de 1934, aos 84 anos de idade, recebeu na Casa Paroquial de Escada, a visita do General Manuel Rabelo, ex-interventor de São Paulo e Comandante da 7ªº Região Militar que veio conhecê-lo pessoalmente. Após ter recebido uma carta na qual o Padre Pedrosa, prestava solidariedade ao General pelas críticas e maus julgamentos feitos pelos pernambucanos sobre o ele. Tornando-se grandes amigos, e, uma semana depois, o Vigário Pedrosa visitou o General em sua residência.
O quarto distrito de Paz da freguesia da Escada, onde surgiu o povoado de Cambão Torto, posteriormente, chamado de Vila São José da Boa Esperança, sempre esteve aos cuidados do Vigário Pedrosa e de seus coadjutores desde 1868, ano em que se iniciou a feira livre na localidade, até 1904, quando o bispo Dom Luiz Raimundo da Silva Brito criou a freguesia de Amaraji, designando o padre Raimundo Higino Rodrigues de Assunção, seu primeiro vigário.
Na Vila São José da Boa Esperança, o Vigário Pedrosa foi coadjuvado por vários padres que oficiavam atos religiosos como: missas, batizados e casamentos, quer na capela de São José da vila, quer nas capelas e oratórios particulares dos engenhos.
Na época havia capelas nos engenhos Amaraji, Visgueiro, Cabeça de Negro, Aripibu, povoado de São José da Extrema (Demarcação) e oratórios particulares e quase todos os engenhos.
Os padres coadjutores do Vigário Pedrosa foram:
Pe. João Batista Araújo, nos engenhos Amaraji e Contendas;
Pe. Domingues José Martins Pereira, no engenho Amaraji em 1870;
Pe. Vicente de Faria Gurjão, nos engenhos Contendas e Cabeça de Negro de 1872 a 1895;
Pe. Manuel Barroso Pereira, na capela da vila e no engenho Raiz Nova de 1872 a 1878;
Pe. Antônio do Monte e Silva, na capela da vila em 1873;
Pe. José Francisco da Silva Borges, na capela da vila em 1878;
Frei Venâncio Maria de Ferrara, missionário capuchinho que iniciou a construção da igreja em 1879;
Pe. Tomás Coelho Estima, no engenho Aripibu em 1880;
Frei João de Gangi, que em 12 de dezembro de 1883 abençoou a nova matriz;
Pe. Herculano Marques da Silva, na capela da vila de 1878 a 1883;
Pe. Dr. Estanislau Pereira de Carvalho, na capela de São José da Extrema (Demarcação) em 1882;
Pe. Manuel Carlos de Brito, engenho Rinoceronte em 1883.
Cônego Manuel José Martins Alves de Carvalho, no engenho Aripibu em 1884;
Pe. Vitorino de Souza Mendes de Carvalho, na capela da vila de 1884 a 1895.
Em todo esse período, quando não havia nenhum coadjutor, o Vigário Pedrosa prestava assistência religiosa à vila e aos engenhos do distrito.
Em 1904, quando o bispo Dom Luiz de Brito criou a freguesia de Amaraji e nomeou o primeiro pároco, o Vigário Pedrosa estava doente e, além de não ter sido comunicado do fato, não pode despedir-se de seus paroquianos. Daí haver escrito, através do jornal “A Província” uma carta de explicação e despedida para a comunidade católica de Amaraji. Eis o teor da carta:
Privado inesperadamente por uma portaria do Exmo. Bispo diocesano, da administração paroquial do Amaraji (hoje elevada à freguesia) e não tendo, portanto, mais ocasião de fazer minhas despedidas daquele povo bom, celebrando ali a minha última missa, faço-o pela presente.
Achava-me bastante doente quando recebi do padre Jerônimo um cartão a lápis dizendo-me que fora nomeado vigário da nova freguesia e que seguia para tomar posse.
Foi uma verdadeira surpresa para mim tal notícia. Só três dias depois foi que recebi comunicação oficial nesse sentido.
Constando-me, é verdade, que S. Exa. pretendia castigar-me por “uma certa altivez” que encontra em mim, dividindo-me a freguesia; mas eu, apesar de não acreditar em semelhante história, aguardava, todavia, os acontecimentos.
Eis que sou afinal surpreendido com a divisão de minha freguesia sem que fosse previamente ouvido, nem tampouco os meus colegas vizinhos, prescindindo in limine todas as solenidades do direito.
Há quatro anos passados eu mesmo propus ao antecessor de S. Exa. a criação da  freguesia de Amaraji para nessa colocar como vigário meu ex-coadjutor padre Virtorino Mendes de Paiva, mas não fui atendido. Era, entretanto, uma divisão razoável que atendia aos interesses das duas partes – tanto da antiga como da nova freguesia.
Vê-se, pois, que eu não me opunha a isso, desde fossem ouvidos os meus colegas, conforme determina o direito, e que combinássemos com S. Exa. o que fosse justo.
Dito isso de passagem e sem mais comentário, prevaleço-me da imprensa para de todo o meu coração agradecer ao bom povo amarajiense o respeito e atenção que me dispensou malgrado nenhum mérito meu, sempre que ia lá celebrar e levar-lhes o socorro espiritual, e peço perdão se por ventura alguma falta cometi.
Agradeço de modo particular ao meu leal amigo, comendador José Pereira de Araújo e sua digna consorte a fidalga hospitalidade que bondosamente me dispensaram sempre em sua casa.
Não menos grato me confesso ao prestimoso Sr. Dr. Alves de Araújo, Dr. Macedo, Eduardo de Carvalho, Luiz Monteiro de Farias, José Luiz, Paulino Rodrigues dos Santos, Joaquim Coelho da Silveira, Feliciano e outros habitantes da vila que tanto me penhoraram a gratidão.
A todos finalmente o meu eterno agradecimento e um adeus de saudosa despedida.
Escada, 2-5-1904.
                                           Vigário Pedrosa
O Vigário Pedrosa Faleceu no dia 18 de novembro de 1936, sendo sepultado na Igreja Matriz da Escada, no local onde o altar da Capela do Santíssimo.

39 - Em edição



38 - Coronel Manoel Antônio dos Santos Dias, Primeiro Prefeito Eleito da Escada.



CORONEL SANTOS DIAS
Manoel Antônio dos Santos Dias nasceu no dia 1º de maio de 1838 na freguesia da Escada e foi batizado em junho do mesmo ano na capela do engenho Jundiá. Era filho de Manoel Antônio Dias senhor do engenho Noruega e de sua segunda esposa Feliciana Teresa do Nascimento. Seu pai juntamente com ele e seu irmão José Cândido Dias chegaram a ter nove engenhos na região.
Foi chefe político de prestígio no município de Escada e ocupou vários cargos de eleição popular. No antigo regime militou na política liberal, com toda lealdade e dedicação, gozando de muito critério e real prestígio. Era membro da guarda nacional imperial, onde iniciou com alferes e chegou a ser coronel.
Em 1868, foi nomeado subdelegado do 2º distrito de Escada, em 1880, juiz de paz também do 2º distrito e, em 1889, delegado.
Ao ser proclamada a república, o coronel Santos Dias aderiu à nova forma de governo, sendo eleito o primeiro prefeito do município do município de Escada, ao qual, durante todo o tempo de seu governo, prestou relevantes serviços. Seu governo ficou composto dos seguintes membros:
Prefeito – Coronel Manoel Antônio dos Santos Dias e subprefeito – Dr. Henrique de Barros Lins.
Conselho Municipal – Florismundo Marques Lins, barão de Utinga, Major Fábio Veloso Freire, capitão Leocádio Alves Pontual, Joaquim Luiz da Costa Ribeiro, José Joaquim Barbosa, Apolônio Tobias Vieira de Souza, José Francisco de Arruda Falcão, Manoel Tomé de Oliveira e Antônio Francisco de Araújo Costa.
AGUEDA AVENTINAL PONTUAL
O coronel Santos Dias casou duas vezes. A primeira com dona Filonila Teresa Dias, falecida no dia 15 de fevereiro de 1891, com a qual teve os seguintes filhos: Dr. José Cândido Dias (primeiro casamento, Francisca Águeda Pontual Rangel; segundo, Dulce Rangel Dias); Pedro dos Santos Dias (casado Maria Gentil de Barros Correia); Manoel Antônio dos Santos Dias Filho (casado com Luíza Beltrão); André dos Santos Dias (casado com Jahel Beltrão); Teresa dos Santos Dias (casada com Dr. José Rodrigues Tavares de Melo); Filonila Tereza Dias (casada com Zenóbio Marques Lins); Ana dos Santos Dias (casada com Zeferino Veloso da Silveira Pontual) e Feliciana dos Santos Dias (falecida pequena). Casou a segunda vez com Águeda Aventina Pontual, irmã dos barões de Frexeiras Petrolina, não havendo descendência dessa união.
Ele era proprietário da usina Santa Filonila construída no engenho Jundiá. Em 1895 recebeu uma concessão do governo do estado para construir uma nova usina no engenho Bonfim localizado em terras do município de Amaraji. Também obteve um empréstimo de 200 mil contos de reis para aquisição do maquinário. A usina foi chamada de União e Indústria. O governo do estado também subsidiou a construção de uma linha férrea ligando a estação de Frexeiras à usina União e Indústria, Primavera, seguindo até Amaraji. A estação de Amaraji foi inaugurada em dezembro de 1909. Com a inauguração da União e Indústria, a usina Santa Filonila foi desativada.
Um fato trágico ocorreu com a família do coronel em 1899. O cangaceiro Antônio Silvino, deixando Canhotinho, onde se achava com todo bando alistado na guarda municipal, vem até a mata sul do Estado para atender a convite do coronel e senhor de engenho Epaminondas de Melo Barreto, por mãos de quem vem a conhecer os irmãos Eduardo e José Tavares de Melo, do engenho Arandu de Cima, que o contratam por seis contos de reis para atacar a casa-grande de Usina Santa Filonila, em Escada, e raptar Dona Tereza Pontual dos Santos Dias Melo, esposa de José Tavares e deste afastada por desentendimentos graves. Tereza era filha do usineiro, coronel Manuel Antônio dos Santos Dias, dono da Empresa de Ferro Carril de Pernambuco e um dos líderes da açucarocracia da época.
Às seis horas da manhã de 10 de Outubro, a casa-grande da usina Santa Filonila esteve cercada, ocorrendo um violento tiroteio. O usineiro com a filha Tereza e um outro filho encontravam-se num outro local da usina, de onde fugiram de trole para o engenho Limoeirinho, do barão de Suassuna.
O ataque, além de inútil, provocou a morte de vários criados do coronel, inclusive duas auxiliares da cozinha, e uma filha menor do usineiro, Feliciana dos Santos Dias de 13 anos de idade, que passou inesperadamente pela linha de fogo do próprio Antônio Silvino e foi atingida. Em 18 anos de vida no cangaço, este foi o único crime a merecer o arrependimento expresso do chefe cangaceiro.
Na fuga da usina, o grupo foi cercado em Gravatá pelo subdelegado e jagunços do coronel Santos Dias. Silvino conseguiu fugir baleado no braço, perdeu dois cangaceiros e escapou, procurando abrigo na Paraíba.
O coronel Manoel Antônio dos Santos Dias faleceu no dia 13 de janeiro de 1905, aos 67 anos de idade, no engenho Sapucagi, na residência de seu genro Dr. Zenóbio Marques Lins. Vitimou-o uma afecção cardíaca que o deteve no leito durante vários dias.
Muito bem relacionado nos meios sociais do estado e de estados vizinhos, o coronel gozava de grande simpatia dos que tinham a felicidade de conhecê-lo. Homem trabalhador e honesto, a sua morte causou o mais profundo pesar no seio de seus inúmeros amigos. Ele foi sepultado na capela da usina Santa Filonila, em Escada, com a presença de grande número de amigos.
Homem inteligente e de grande atividade, sério em suas transações e afável no modo de tratar, o ilustre falecido deixa a seus numerosos descendentes um nome limpo e um edificante exemplo de honestidade e cavalheirismo.

37 - Desmembramento do Distrito de São José da Boa Esperança e Compensação Territorial em 1889.


PARTE OFFICIAL

Governo do Estado de Pernambuco
4ª secção – Palacio do Governo do Estado de Pernambuco, em 24 de setembro de 1889.
O desembargador Barão de Lucena, Governador do Estado:
Attendendo a que a lei provincial n. 2.137, de 9 de Novembro de 1889, não deu denominação alguma ao termo e villa a que foram elevados o povoado e freguesia de S. José da Boa Esperança;
Attendendo ainda á conveniencia de dividir em dous o actual districto de paz do referido termo;
Usando das attribuições que lhe confere o decreto do governo provisorio, n. 7, de 20 de Novembro de 1889, resolve publicar o seguinte:
Decreto
Art. 1.º A villa e termo a que foram elevados o povoado e freguesia de S. José da Boa Esperança terão a denominação de Amaragy.
Art 2.º O actual districto de paz de Amaragy fica dividido em dous, assim separados:
A linha divisoria partirá do engenho Caheté no limite da comarca de Gamelleira, e seguirá pelos engenhos Tolerancia, Maranhão, Ajudante, Beija-Flôr, Jaguarana e Batateira, até encontrar os limites da comarca da Victoria, ficando os engenhos mencionados pertencendo ao 2º districto de paz.
O 1º districto terá a denominação de S. José e o 2º a de Primavera.
Art. 3.º Ficam revogadas as disposições em contrário.
O secretario do governa faça publicar o presente decreto, expelindo as ordens e communicações necessarias.
BARÃO DE LUCENA

Cópia – 4.ª Secção. – Palacio do Governo do Estado de Pernambuco, em 24 de setembro de 1889.
O Desembargador Barão de Lucena , Governador do Estado de Pernambuco:
Attendendo á conveniência de numerosos habitantes de territorios que, pertencendo ao termo de Ipojuca, ficam entretanto mais proximo de Escada, o que torna o serviço do jury e outras obrigações civicas mais onerosas para aqueles que os devem prestar ou cumprir;
Attendendo também a que o territorio do termo  da Escada ficou muito desfalcado com o desmembramento necessário da freguesia de S. José da Boa Esperança para a creação do novo termo de Amaragy, o que exige uma compensação de odo que facilite as relações dos respectivos habitantes com as suas sédes dos referidos termos, pela proximidade destas dos territorios comprehendidos nos mesmos termos, resolve publicar o seguinte:
Decreto
Art.1.º Ficam desmembrados do termo de Ipojuca, para passar a pertencer ao de Escada, com todas as suas terras, os engenhos denominados Atalaia, União, Fortaleza, Soledade, Timbó-assú, Sibiró da Terra, Belém, Pará, Gaipió, Jatoba e o povoado de S. José.
Art. 2.º Ficas revogadas as disposições em contrário.
O secretário do governo faça publicar o presente decreto, expedindo as ordens e communicações necessárias.
BARÃO DE LUCENA

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

35 - Em Edição



34 - Perfil da Freguesia e da Comarca da Escada em 1875


Freguesia da Escada

Correios
Agente – Zeferino Aureliano de Figueiredo Melo
Ajudante – José de Barros Lins Wanderley

Coletoria da Fazenda Geral
Coletor – Jesuíno Arcanjo de Albuquerque Pimentel
Escrivão – Astolfo Joaquim Barbosa

Coletoria Provincial
Coletor – José Florentino de Fonseca Leão
Escrivão – Manoel Juvêncio de Saboia

Comarca da Escada  (de 2º entrância)

Câmara Municipal
Vereadores – 1º Coronel Francisco Antônio de Barros e Silva, 2º Barão da Escada, 3º Age Veloso Freire, 4º Dr. Sérgio Diniz de Moura Matos, 5º Tenente-coronel Antônio Gonçalves Ferreira, 6º Dr. Manoel Duarte de Faria e 7º Capitão José Lúcio Monteiro da Franca.

Juiz de Direito – Dr. Caetano Estelita Cavalcanti Pessoa

FREGUESIA DA ESCADA
Igreja Matriz sob a invocação de Nossa Senhora da Escada
Vigário Colado – Padre Simão de Azevedo Campos
Coadjutor – Vago

Professores da Instrução Primária
Escola do Sexo Masculino
Escada – Joaquim José de Moura
São José da Boa Esperança – Vago
Gameleira – Adolfo Astolfo Lins de Albuquerque

Escola do Sexo Feminino
Escada – Joana Carolina de Araújo Figueiredo
Gameleira – Maria M. Pereira Lima

Delegados Literários
Escada – Jesuíno Arcanjo de Albuquerque Pimentel
São José da Boa Esperança – José Pedro de Araújo
Gameleira – Francisco Manoel Wanderley Lins

Engenhos
Alegria, José Sancho Bezerra Cavalcanti,
Aripibu, Leocádio Alves Pontual.
Aurora, Davino dos Santos Pontual.
Amaraji, Herdeiros do Barão de Amaragy.
Arandu, Manoel Antônio Gomes.
Aguas-claras, Herdeiros de José Pedro V. da Silveira,
Animoso, Herdeiros de Caetano Pinto de Almeida.
Arimunam, José Mendes Carneiro de Souza Bandeira.
Ajudante, Herdeiros do Barão de Amaragy.
Bom Sucesso, Herdeiros de Antônio José de Figueiredo.
Barra, Antônio Marques de Holanda Cavalcanti
Bosque. Davino dos Santos Pontual.
Batateira, Jerônimo Barreiro Rangel
Boa Vista, Dr. João Francisco de Arruda Falcão.
Bamburral, José Pereira de Araújo.
Bom Destino. Cincinato Velloso da Silveira.
Bom Jardim, Bento Leite Cavalcanti Lins.
Bonfim, Viúva e Herdeiros de João Lins Wanderley.
Belmonte', João Felix dos Santos.
Beija Flor, João Manoel Pontual Júnior
Bom Despacho, Eustáquio José Velloso da Silveira.
Boa Sorte, José Francisco Ferreira.
Bom Gosto, Herdeiros de João Antônio de B. e Silva.
Barro Branco, Joaquim Rodrigues da Costa.
Crimeia, Roque Ferreira da Costa.
Camaçari, Í Roque Ferreira da Costa.
Cachoeira Tapada, Thomé Joaquim de Oliveira.
Cabrunema, Tibúrcio Valeriano Baptista.
Campestre, Herdeiros de Manoel Antônio do Rosário.
Conceição, Barão de Utinga.
Canto Escuro, Francisco Antônio de Barros e Silva.
Cabeça de Negro, Antônio dos Santos Pontual.
Contador, Francisco Antônio Pontual.
Capindão, João Lopes Ferreira.
Cotigi, João Lopes Ferreira.
Capricho, João Lopes Ferreira.
Contendas, Herdeiros do Barão de Amaragy.
Constituinte, Antônio Feijó de Mello.
Caeté, José Camelo Pessoa de Siqueira Cavalcanti.
Caipora, José Alves de Oliveira.
Cassupim. José Francisco Ferreira.
Cassuá, Joaquim Salvador Pessoa de Siqueira Cavalcanti.
Caxangá, Lourenço Bezerra Alves da Silva.
Cachoeira, Herdeiros de Lourenço Bezerra de Siqueira Cavalcanti.
Dons Braços de Cima, Manoel Rodrigues da Silva Câmara
Dons Braços de Baixo, André Dias de Araújo.
Diamante, Antônio Marques de Holanda Cavalcanti.
Dromedário, Herdeiros de Sebastião Paes Barreto.
Firmeza, Barão de Pirangy.
Frexeiras, Herdeiros de José Rodrigues de Senna.
Giqui, Florismundo Marques Lins.
Garra, José Pereira de Araújo.
Gerente, Manoel Inácio de Souza.
Harmonia, D. Maria de Santana Gomes de Melo.
Irmandade, Teodoro José da Silva Lins.
Independente, Herdeiros de Caetano Pinto de Almeida.
Jaguaribe, Barão de Pirangy.
Jundiá, Manoel Antônio dos Dias.
Jundiá-Mirim, Tereza I.íbia de Jesus e Antônio dos Santos Pontual.
Limeira, Barão de Utinga
Limoeiro, Barão da Escada.
Liberdade, Miguel Rodrigues Esteves.
Lage, Pedro Barbosa de Araújo.
Limão, José Leão Pereira de Mello.
Leão, Severiano de Siqueira Cavalcanti.
Limoeirinho, João Francisco de Oliveira.
Muçu, José Rodrigues Pontual.
Mangueira, Antônio Gonçalves Ferreira.
Matapiruma. Barão de Utinga.
Massauassu, Barão de Utinga.
Mariquita, Dr. Samuel dos Santos Pontual.
Maravilha, Felix Pereira de Araújo.
Maracujá, Herdeiros de Francisco de B, Velloso da Silveira.
Noruega, André Dias de Araújo.
Onça, D. Tereza Líbia de Jesus e Antônio dos Santos Pontual.
Pirauíra, Roque Ferreira da Costa.
Pedra Fina, D. Maria José da Fonseca.
Praieiro, Henrique Gomes de B. e Silva.
Progresso, Herdeiros de José Pedro Velloso da Silveira.
Pilões, Manoel Coelho da Silveira.
Prazeres, Francisco José de Vasconcelos.
Rocha, Herdeiros de José Pedro Velloso da Silveira.
Recreio, José Dias da Silva Junior.
Rola, Manoel Antônio Dias.
Riachão, João Felix dos Santos.
Rinoceronte, João Felix dos Santos
Refresco, Dr. Sérgio Higino Dias dos Santos.
Refrigerante, João Felix dos Santos.
Refrigério, João Felix dos Santos.
Repouso. João Felix dos Santos.
Raiz, Herdeiros do Barão de Amaragy
Rainha dos Anjos, Eustáquio José Veloso da Silveira.
Rua Nova, Joaquim Rodrigues dos Santos.
São Manoel, Manoel Antônio Comes.
Sapucagi, Marcionilo da Silveira Lins.
Sapucagi de Cima, Marcionilo da Silveira Lins.
São Vicente, Barão da Escada.
Serra Nova, João Felix dos Santos.
Riqueza, João Felix dos Santos
Sete Ranchos; Bernardino Barbosa da Silva.
São Mateus, Viúva de Nuno Camelo Pessoa Cavalcanti.
Sibiró Grande, Manoel Pereira da Silva Lins.
Tapuama, José Pedro de Oliveira.
Tolerância, Herdeiros do Barão de Amaragy.
Tranquilidade, José Rodrigues Esteves.
Uruçu Antônio Marques de Holanda Cavalcanti
Vicente Campelo Vicente Campelo Pereira Lima
Visgueiro Maria José da Fonseca